Há dias que eu simplesmente me deixo levar pela preguiça e procrastinação. Nos dias que eu preciso e acabo me permitindo isto a sensação é incrível. Sim, eu sei o quanto de tarefas, coisas e obrigações da vida prática eu preciso dar conta, mas o dilúvio lá fora, o resfriado e o corpo febril são os melhores álibis para corroborar a exploração que faço de cada cantinho da minha cama. Meu corpo está cansado, uma semana extenuante que passou num piscar de olhos e eu aqui pensando se considero domingo como o primeiro dia da semana, como informa o calendário oficial ou se simplesmente considero como o último, como quase todo mundo faz. Eu gosto deste lado coringa do domingo. Dependendo do meu estado de espírito eu o adapto ao que quero. Pode ser o dia do recomeço ou do fechamento. E daí me percebo no mundo da filosofia, culpa da TV que não transmite nada que me atraia, mas acho difícil qualquer coisa me atrair mais do que a sensação de quase-sono, aquele “tô/não tô” onde um brainstorm de questões passeiam em minha mente e eu brinco de ligar os pontos enquanto o corpo repousa. Movimento contrário para equilibrar as coisas. Dei bastante ocupação ao corpo nestes últimos dias, a mente livre, sem usar o senso crítico. Chamo estes momentos de “cheirar café”. Quem trabalha com o olfato tem este hábito de cheirar o café para tentar tirar o rastro do cheiro anterior. Deixar a mente livre sempre faz um bem imenso e deixar o corpo também. Livre, jogado, estirado, um dia de folga do mundo lá fora, curtindo o daqui de dentro, sem me importar, só me deixando ir, sem precisar decidir se domingo é o primeiro ou o último dia. Sem precisar decidir qualquer outra coisa hoje.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário