domingo, 8 de maio de 2011

Cidade-Mãe

Parece que foi ontem e ao mesmo tempo parece que foi há tantos anos atrás. Éramos eu, uma mala, uma mochila e dezenas de sonhos. Depois de um ano de adaptação, procurar casa, emprego, descobrir a cidade; este segundo foi de transição. Abandonar hábitos, praticar o desapego, exercitar a paciência, desarrumar para arrumar, silenciar a mente e testar o coração. Interessante (ou foi proposital?) que eu tenha vindo morar em SP exatamente no final de semana do dia das mães, sempre comemorar o dia de quem me deu a vida, comemorando meus dias na cidade que me deu uma nova vida. A partir de amanhã quando entro no meu terceiro ano de São Paulo a palavra é: REALIZAÇÃO. Assim mesmo, bem grande, do tamanho dos meus sonhos, mas não maior do que a minha fé e a certeza de que tudo o que eu sonhei está a minha frente, tudo caminhando num processo longo de ser gente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ao meu Redor

Dia comprido.

Banho longo.

Meias coloridas.

Noite fria.

Uma cantora nova.

Uma escritora antiga.

Travesseiro macio.

Cama dura.

Cabeça nas nuvens.

Pés nos chão.

Café da hora.

Pratos de ontem.

Roupas apertadas.

Pessoas que se encaixam.

Silêncio lá fora.

Barulhinho bom aqui por dentro.

Caminhos cruzados.

Timer errada.

Mãos frias.

Coração voltou a estar ardente.