domingo, 15 de novembro de 2009

Minha Vida Comigo

Dia 09 de novembro. Exatos 06 meses. Mas não é a quantidade de dias que me dá algumas certezas. Sexta passada, estávamos eu e uma colega de trabalho na super fila do super lotado metrô esperando este super meio de transporte desejado para quem quer chegar logo em casa após uma semana de trabalho. Entre empurra-empurra, troca de “gentilezas”, preparação para a corrida em busca do tão sonhando lugar no assento do metrô, minha colega de cara fechada me perguntar o que eu acho. A resposta é rápida: “to rindo e achando tudo lindo!” Não é que eu adore toda aquela massa suada te empurrando e te acotovelando, mas é que na verdade, há algum tempo, este tipo de coisa parou de me irritar, muito. Minha vida está tão preenchida de coisas que eu nunca tive, que determinados fatores externos não fazem tanta diferença mais. Eu nunca soube de verdade o que eu era e o que eu queria para mim. É difícil você se ouvir quando o mundo lá fora grita. Ainda estou aprendendo a conviver com esta velha desconhecida que habita em mim há quase 31 anos, mas somente há pouco tempo resolveu se apresentar. Sempre soube que precisava me afastar de algumas coisas para reaprender e aprender de fato o que é viver.

Uma vida que sempre foi uma roda-gigante emocional chega ser até irônica quando se constata que brincar no carrossel pode ser simples e também prazeroso. O importante é ter a liberdade para escolher novos brinquedos. Continuo usando os sapatinhos vermelhos, vendo as coisas com meus olhos caleidoscópicos e buscando viver todas aquelas coisas que estão nos livros que não li.

Parênteses:

É uma pena que agora que a minha vida anda quase muito boa, você tenha decidido cair fora dela.

domingo, 8 de novembro de 2009

Na Estrada

E a vida é irônica porque você acha que finalmente conseguiu andar por um outro caminho, numa estrada diferente, com outras paisagens, com uma brisa fresca de esperança, quando na verdade, mesmo sem bússola ou mapa, seu GPS interno te mostra que aquela estrada nada mais era do que um atalho desembocando naquele velho destino de sempre...

"Essa morte constante das coisas é o que mais dói".
(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Previsões Astrológicas

E lá no dia 28 deste mês que passou o meu ilustríssimo horóscopo de sagitariana com ascendente em sagitário revela-me que no dia seguinte uma nova fase começará após 15 (QUINZE!!!!!) anos de luta, me desejou parabéns e sugeriu que eu abrisse um vinho para comemorar.

Neste momento, supostamente, estou vivenciando a minha nova fase. Sempre fui meio cartesiana para acreditar neste tipo de ciência ou superstição e há muito tempo, desenvolvi o hábito de ler o horóscopo apenas no final do dia para verificar a veracidade das previsões e não me sentir sugestionada.

Bom, hoje é o quinto dia desta minha nova fase após quinze anos e eu penso em quantas mini-fases eu já vivi dentro de 15 anos, sobre quantos recomeços foram necessários, quantas celebrações, quantas quebras de paradigmas, de conceitos, de pré-conceitos, quanta vida se vive num ciclo de 15 anos lutando.

Em detrimento de previsões, sugestionamentos, e principalmente clichês (que é como o final deste texto irá soar), estas informações direcionadas a nascidos em determinados períodos do ano, deveriam, no mínimo, servir como inspiração para começarmos a finalizarmos nossos ciclos, sejam de 15 segundos ou de 15 anos, o importante é que eles durem apenas o tempo necessário para o seu propósito em nossas vidas e que o poder de decisão esteja sempre em nossas mãos (vai ver que foi isto que aprendi, segundo o horóscopo).

Esta é a minha previsão para os próximos 150 anos.

Ah, e para abrir um vinho, toda hora é boa.