domingo, 28 de junho de 2009

Para não esquecer

Semana passada matando as saudades de uma das minhas melhores amigas, ela me recomendou ler um livro, um trecho especificamente que mostra nossos comportamentos em relacionamentos (comportamentos estes parecidos que nos aproximou, nascendo a amizade), então lá fui eu procurar o tal livro que, é claro, encontrava-se em qual prateleira? Bingo! Auto-ajuda (rs). Aproveitando que já estava na livraria, fui olhar um livro cujo um trecho já tinha lido e compartilhado com algumas amigas (inclusive a amiga já citada). Um livro de crônicas sobre o amor. Sobre o amor às mulheres. Sejam elas amigas, filhas, esposas, mães, amantes. Uma crônica tão leve, tão bem escrita, tão apaixonada que são mais poesias do que crônicas. Já o livro da minha amiga, é um manual divertidíssimo sobre o nosso comportamento diante da situação do flerte, conquista, paixão, amor, sexo, fora, desilusão e olha que somente por folhear eu me vi em diversas situações. As primeiras páginas do livro já aconselha: “o que toda mulher inteligente deve saber é que nenhuma mulher inteligente nasce inteligente”.
Diante de um livro que me prometia a fórmula mágica da inteligência em relacionamentos e um outro que fatalmente me levaria a continuar sendo mais romântica, mais caleidoscópica, mais sonhadora e consequentemente mais ferrada, a escolha não foi muito difícil. Porque sim, porque O Amor Esquece de Começar e porque eu esqueço das paixões obsessivas, dos relacionamentos doentis, das desilusões, dos caquinhos remendados no meu coração, das cicatrizes, da casca que ganha camadas a cada dia que passa...
Desde que eu entrei em contato pela primeira vez com o amor, eu esqueci como é viver seguindo manuais, regras, conselhos. E eu continuo boba, inveterada, tocada, arrebatada e sedenta por tudo aquilo que fala sobre o amor.

"Estas frases de amor que se repiten tanto no son nunca las mismas."
(Pedro Salinas)

2 comentários:

Vanessa Müller disse...

Oh meu Deus...que coisa mais folfa! Me encontrei em alguns trechos escritos e que você já deve até imaginar quais são. Eu acredito que teoricamente, os "livrinhos de auto-ajuda", os manuais podem até resolver ou contribuir pra alguma coisa mas na prática, acabo esquecendo todas as "teorias" possíveis, e a impressão que tenho é que cada amor é como se fosse o primeiro, a primeira experiência, sinto-me mais criança do que eu sou...e fico meio baratinadiiiinha.eheheh

"O amor quando acontece, a gente logo esquece que já sofreu um dia." João Bosco.

Mara Toledo disse...

Ai, essas prateleiras de auto-ajuda. São as melhores. rs