sexta-feira, 18 de julho de 2008
Sobre a madrugada
Arrumei uma nova amiga. Graças a insônia, tenho desfrutado da madrugada. Confesso que continuo sentindo medo dela, porque eu não sei se é pior os pensamentos de quando estou acordada ou enquanto durmo. A questão é que o silêncio e a privacidade que só consigo ter nesta casa durante o sono dos outros, nunca me foram tão sábios e ao mesmo tempo tão dolorosos. A angustia de não conseguir dormir é plenamente superada por um tormento que marca meus olhos de Os sonhos mudaram, não existem mais portas verdes, nem escadas sem fim; as enxaquecas não me visitam há bastante tempo, parece que tudo isto foi substituido por um estado de alerta constante, onde perguntas e questionamentos trabalham a todo vapor. Acho que nunca me conheci tanto e ao mesmo tempo desconheço tudo aquilo que eu achava que conhecia muito bem sobre mim.
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