domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quanto é muito tempo?

Estou contemplando a chuva torrencial que cai obrigando-me a mudar os planos de domingo, ouvindo David Bowie dizer que o tempo pode me mudar, mas que eu não posso enganar o tempo. Eu me sinto tão mudada, principalmente pela ação dele sobre minha vida: raios, tempestades, dias ensolarados, dias mornos, dias blasés, dias quentes. E sinto-me agradecida às forças da natureza que cada dia faz questão de me acrescentar algo novo, não necessariamente bom ou ruim, mas sempre algo indispensável. Março vem chegando lentamente e para mim é como se já tivesse muito mais tempo se passado em 2011. Das transformações no meu lar, da lenta e boa transformação no relacionamento com meus pais, da assertividade no trabalho, da purificação de mente/alma/coração. É um exercício diário manter-me vigilante e é delicioso quando consigo me deixar levar apenas pela ação do tempo sem maiores preocupação. Fácil não é, mas estou aprendendo os atalhos e fugindo dos subterfúgios. O mesmo tempo que trás mudanças atrás de mudanças é o mesmo que me diz paciência para as coisas nas quais eu quero enganá-lo.

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