quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Se vive...

Neste momento estou aqui fazendo duas das dez principais resoluções de ano novo que é ouvir mais música e passar mais tempo acordada. Enquanto escolho, separo, ajeito e faço meus exercícios da aula de fotografia, penso naquelas imagens que ainda não consigo registrar, pelo menos não na tela de cristal líquido e muito menos em papel fotográfico. É na retina que estão as imagens das últimas 24 horas de uma surrealidade absurda. E eu, uma espécie de narradora em off, também tenho o meu personagem neste freak show. Se já não existisse este título, este filme poderia se chamar “A Vida dos Outros”, mais precisamente a vida dos outros numa lente macro (aproveitando os conceitos das aulas de fotografia), onde os pequenos detalhes são vistos de perto. E são este detalhes que mudam as vidas por completo, ou talvez sejam estes detalhes a vida por inteiro destas pessoas, não aquelas mostradas no lado A. Pois assim como na música, são nos B-sides que estão os experimentos, os acordes crus, os riffs sujos e tudo aquilo que o artista que expor, mas o setor comercial diz que não vai agradar ao público.
E assim, vamos criando cenários, mundos paralelos, que parecem ser hermeticamente fechados, mas a verdade é que se vive de brisa, se vive de briga, se vive de conveniência, se vive de remédios, se vive de aparências, se vive de fome e se vive, e se vive...
O último livro que li o personagem principal tinha 07 mulheres, 18 filhos e era estéril. Talve por isto o autor diga: “nada é tão verdadeiro que não mereça ser inventado.”

Um comentário:

D. disse...

Se vive de tudo. De amor e brisa, de dores e risos, sabores e desabores, do vôo e da queda.

E é preciso que a gente aprenda a viver tudo o que tem pra se viver.

Beijo!