Dia 09 de novembro. Exatos 06 meses. Mas não é a quantidade de dias que me dá algumas certezas. Sexta passada, estávamos eu e uma colega de trabalho na super fila do super lotado metrô esperando este super meio de transporte desejado para quem quer chegar logo em casa após uma semana de trabalho. Entre empurra-empurra, troca de “gentilezas”, preparação para a corrida em busca do tão sonhando lugar no assento do metrô, minha colega de cara fechada me perguntar o que eu acho. A resposta é rápida: “to rindo e achando tudo lindo!” Não é que eu adore toda aquela massa suada te empurrando e te acotovelando, mas é que na verdade, há algum tempo, este tipo de coisa parou de me irritar, muito. Minha vida está tão preenchida de coisas que eu nunca tive, que determinados fatores externos não fazem tanta diferença mais. Eu nunca soube de verdade o que eu era e o que eu queria para mim. É difícil você se ouvir quando o mundo lá fora grita. Ainda estou aprendendo a conviver com esta velha desconhecida que habita em mim há quase 31 anos, mas somente há pouco tempo resolveu se apresentar. Sempre soube que precisava me afastar de algumas coisas para reaprender e aprender de fato o que é viver.
Parênteses:
É uma pena que agora que a minha vida anda quase muito boa, você tenha decidido cair fora dela.