terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Afago na alma
Hoje eu finalmente te beijei novamente. Depois de anos (que eu nem lembro quantos), te abracei e te beijei como já tive vontade de fazer inúmeras vezes. Tudo bem que havia o alibi de ser um afago de "boa viagem" e que você meio sem graça, sem esperar, não retribuiu o abraço dizendo que estava com as mãos molhadas, mas enfim, a verdade é que conseguir dar o meu passo. Espero que você consiga dar o seu em breve mãe.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Telefonema da tarde
Hoje eu senti uma emoção que eu nem sabia que existia. É você nutrir um carinho, uma afeição grande por alguém que você conhece devido ao amor que alguém devota a ela. É você imaginar o que tanta faz os olhos da pessoa brilhar enquanto fala sobre ela, enquanto gesticula, é ser agradecida pelo bem que ela faz à pessoa que você conhece e quer bem.
Pois bem, hoje eu tive a oportunidade de dizer a este alguém, que apesar de desconhecido, sempre foi próximo, pelas fotografias, pelas horas de histórias contadas e pude dizer a ela do amor das suas pessoas, do querer bem que comecei a sentir e do quanto eu tinha vontade de “conhecê-la” para deixar de ser uma pessoa de fotografias e histórias, para ser, pelo menos, mais uma pessoa a externalizar carinho e apoio.
Minha voz começou a embargar quando comecei a falar sobre uma das vezes que ouvir falar sobre ela. Fui redundante ao citar o quanto ela era amada pelos seus e ouvi uma resposta que encheu meus olhos de lágrimas: “nossa relação é de alma”.
E se é verdade que os olhos são o espelho da alma, eu entendo o porquê dos olhos da minha amiga brilharem tanto quando fala da sua tia amada.
Pois bem, hoje eu tive a oportunidade de dizer a este alguém, que apesar de desconhecido, sempre foi próximo, pelas fotografias, pelas horas de histórias contadas e pude dizer a ela do amor das suas pessoas, do querer bem que comecei a sentir e do quanto eu tinha vontade de “conhecê-la” para deixar de ser uma pessoa de fotografias e histórias, para ser, pelo menos, mais uma pessoa a externalizar carinho e apoio.
Minha voz começou a embargar quando comecei a falar sobre uma das vezes que ouvir falar sobre ela. Fui redundante ao citar o quanto ela era amada pelos seus e ouvi uma resposta que encheu meus olhos de lágrimas: “nossa relação é de alma”.
E se é verdade que os olhos são o espelho da alma, eu entendo o porquê dos olhos da minha amiga brilharem tanto quando fala da sua tia amada.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
A arte de perder
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
Sempre achei interessante este poema. Talvez a razão disto seja o fato de me levar a pensar que perder (ou melhor, lidar com perdas) seja uma arte.
Lembro-me que disse semana passada que aprender a viver com aquilo que se tem e aquilo que não se tem, não é necessariamente viver feliz, mas, de certa forma, viver em paz. Acho este final de semana foi meio assim, aprendizado sobre a arte de perder e também sobre a arte de ganhar.
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
Sempre achei interessante este poema. Talvez a razão disto seja o fato de me levar a pensar que perder (ou melhor, lidar com perdas) seja uma arte.
Lembro-me que disse semana passada que aprender a viver com aquilo que se tem e aquilo que não se tem, não é necessariamente viver feliz, mas, de certa forma, viver em paz. Acho este final de semana foi meio assim, aprendizado sobre a arte de perder e também sobre a arte de ganhar.
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